O Poder do Afeto
- Shirlaine Paduin
- 24 de mai. de 2019
- 2 min de leitura

A falta de afeto é um problema muito comum nas famílias hoje em dia. As queixas feitas por alunos sempre foram corriqueiras no meio educacional, tanto de crianças quanto de adolescentes, pois eles se sentem seguros e apoiados na escola. Mas, infelizmente, percebemos que esse número aumentou de forma considerável. Nossos jovens pedem SOCORRO na questão emocional, sentem a falta de afeto, se cortam, se deprimem, se anulam, se afastam...
Os sinais parecem "banais" à primeira vista, mas os sintomas mais comuns de alteração comportamental são: queda de rendimento escolar, mudanças bruscas de humor, irritabilidade, falta de energia, tristeza e perda de interesse pelas atividades cotidianas.
Você provavelmente já ouviu falar sobre algum caso ou já teve essa situação dentro da sua família. Infelizmente, tais sintomas são confundidos facilmente com comportamentos típicos da infância ou adolescência e muitas vezes são vistos como "frescuras" da idade. Isso acontece muito em decorrência de que pais e familiares morrem diariamente em busca de seu sustento, de aprimoramento profissional, de afazeres e, como consequência, a solução encontrada por eles é dar mimos para substituir algo como um simples ficar junto, um beijo, um carinho, uma palavra amiga... Esta ação que, na verdade, não é feita por mal, acaba criando um "buraco" dentro dos filhos, sem que os pais percebam.
Por isso, é preciso uma reflexão sobre tais atitudes e ações. Os pais devem entender que carinho e atenção são muito mais do que só o cuidado. Roupa lavada, comida e uma boa escola, tudo isso é necessário, mas não suprem o AFETO.
Neste post, quero compartilhar com vocês 3 dicas preciosas que sempre sugiro no momento em que oriento os pais nos meus atendimentos e que trazem resultados positivos para a família:
#1 Os pais e familiares devem estar juntos e acompanhar a realização de atividades. Isso é muito diferente de ficar com o filho. É preciso sentir, transpirar junto.
#2 Decidir sobre afazeres, problemas e atividades da família com seu filho. Aceitar suas decisões e palpites, faz com que a criança ou o adolescente se sinta vivo dentro do processo.
#3 Diálogo deve sempre estar presente na educação e convívio em família, mas esse diálogo deve ser coerente e sincero; o respeito deve ser mútuo. As ações e a fala devem ser iguais. Devem-se manter os combinados. Quando houver erro, é necessário corrigir em conjunto.
As crianças e os adolescentes quando sentem que são uma parte ativa no convívio familiar, sentem-se "VIVOS", sabem que podem contar com seus familiares, consideram-nos Porto Seguro, sem medo de falar o que querem e o que pensam, entendem que seus familiares vão orientar e corrigir o que for necessário, mas num convívio saudável e respeitoso.
Ter um relacionamento saudável com a família faz com que os dias sejam produtivos, ricos e felizes. Um ambiente assim formado, permite que seus filhos possam crescer e se tornar, no futuro, homens e mulheres com boa autoestima, determinados a serem e fazerem pessoas felizes.
*Artigo publicado na Revista Mercado Nobre, Guarulhos/SP, em Outubro/2018.
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